segunda-feira, 16 de maio de 2016

Aliança de Deus com Adão
A obediência traz bênçãos e vida eterna, mas a desobediência, maldição e morte eterna.

Deus fez duas alianças com Adão: a primeira, antes, e a segunda, depois do pecado. Sobre a primeira aliança, está escrito:
"Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Gênesis 2.15-17

Neste trato com Adão, Deus exigiu a obediência à Sua Palavra. É importante dizer que Deus nunca exigiu algo que não pudéssemos  cumprir, e, certamente, quando exige que Lhe obedeçamos é porque quando obedecemos, mostramos a nossa posição de servos, e, portanto, respeitadores da Sua Autoridade Suprema. Além do mais, Ele conhece o nosso futuro e sabe muito bem o que é melhor para nós. Por isso, de antemão, aconselha-nos o caminho a seguir por meio da Sua Palavra.

De fato, quando Deus disse a Adão que ele certamente morreria se comesse do fruto proibido, estava demonstrando que, a partir do momento em que deixamos de obedecer à Palavra de Deus para obedecer à palavra sugestiva do diabo, deixamos de ser servos de Deus para sermos servos do diabo.

Aquele que consegue nos submeter com a sua palavra, passa a ser o nosso senhor! Se nos submetemos à Palavra de Deus, confirmamos que Ele é nosso Senhor, mas se nos submetemos à palavra do diabo, este passa a ser o nosso senhor. Ora, foi justamente isso o que aconteceu com Adão!

Adão tinha a garantia de vida eterna enquanto obedecesse à voz de Deus; perdeu-a quando obedeceu à do diabo. A obediência a Deus traz bênçãos e vida eterna, mas a desobediência traz maldição e morte eterna. O fruto da obediência ao Senhor é a paz com Ele eternamente.

a) A primeira aliança
Nesta primeira aliança, não houve sacrifícios de animais, porque ainda não havia acontecido o pecado; a aliança com Adão firmou-se apenas dentro da promessa de Deus. Todavia, já na segunda aliança, Deus teve de sacrificar um animal para, com a sua pele, cobrir a nudez ou o pecado de Adão e Eva.

A segunda aliança de Deus com Adão aconteceu depois do seu pecado, quando o Senhor foi obrigado a sacrificar um substituto de Adão e Eva e usar o seu sangue como propiciação daquele pecado: "Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu."(Gênesis 3.21). Quer dizer: assim como a pele do animal lhes serviu para cobrir a nudez, também o seu sangue derramado serviu para apagar os pecados do casal.

O animal sacrificado simbolizava o Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus Cristo, apontado por João Batista aos seus discípulos. E, da mesma forma como o sangue daquele animal marcou a aliança entre Deus e Adão, também o sangue do Senhor Jesus no Calvário marcou a nova aliança entre Deus e os que creem no Seu Filho como único Senhor e Salvador.
As consequências da desobediência de Adão foram muito mais graves do que se pode imaginar. A porta do inferno foi aberta e soltou o diabo e seus demônios. Estes, imediatamente, tomaram posse da Terra e construíram um império de perversidade, destruição, dor e morte, que até então não tinha lugar neste planeta. A semente da desobediência, da rebeldia e do pecado foi frutificando a partir de Adão e Eva:

"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.

Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei.
Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir.

Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação.
Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.

Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos."Romanos 5.12-19

Nesta palavra de Paulo aos cristãos romanos, fica muito claro que muitos se tornarão justos, por causa da obediência do Senhor Jesus. Mas nem se transformarão, porque para haver justificação de alguém é preciso que essa pessoa apresente toda a sua fé no sacrifício do Filho de Deus como seu substituto, como relata a Palavra de Deus: "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;" Romanos 5.1
Assim sendo, as alianças que Deus fez com Adão não serviram para consertar o erro grave que ele tinha cometido, e o Senhor Deus tentou, novamente, fazendo aliança com Noé.


domingo, 10 de abril de 2016

Os Perigos da Febre das Redes Sociais

Texto Áureo
“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”. Is 55.6

Verdade Aplicada
Não podemos permitir que nada seja mais suficiente para nós do que uma vida verdadeiramente em Cristo.

Textos de Referência.

Salmos 128.1-6
1 Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos.
2 Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
3 A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.
4 Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.
5 O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.
6 E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.

Introdução
Nos últimos anos, as redes sociais se transformaram no maior meio de contato virtual. Porém, também contribuíram para o afastamento de muitos do seu convívio social. Abordaremos nesta lição este polêmico, mas real, tema.

1. O começo de tudo.
O conceito de redes sociais teve seu início na segunda metade dos anos 90 do século XX com a criação dos chamados chats de bate papo. As pessoas começaram a se relacionar via Internet e a se conhecerem virtualmente. Em meados de 1995, foi criado o Mirc, site com a proposta de colocar as pessoas em contato através da rede mundial de computadores. A partir daí, foi dada a largada ao que chamamos de relacionamentos virtuais. O Mirc viria a ser substituído no início da década seguinte pelos chamados mensageiros instantâneos, como o MSN.

1.1. As primeiras redes sociais.
Ao contrário do que muitos pensam, as redes sociais, como conhecemos hoje, não são algo novo, elas também tiveram as suas primeiras inserções na rede em meados de 1990. Na segunda metade da década, surgiu aquele que seria considerado o precursor do Instagram, o Fotolog. Assim como a popular rede social de hoje, o Fotolog era utilizado para postagens de fotos com pequenos textos e também começava a tornar popular aqueles que criavam o seu perfil naquela rede. Nesta época, surgiram também o Flogão e ainda as páginas pessoais gratuitas, como Geocities, HPG e Kit Net. A grande diferença hoje é a exposição instantânea, devido ao acesso acelerado dos smartphones e à internet móvel.

1.2. Adolescentes e uma opção contra timidez.
Ainda falando dos anos noventa, podemos destacar que a grande novidade desta época eram as salas de bate-papo, pois elas proporcionavam contato rápido com parceiros virtuais. Isso foi uma grande oportunidade para adolescentes tímidos que tinham dificuldade de se relacionar, principalmente com adolescentes do sexo oposto, Em 1996, surgiu o ICQ que, em menos de uma ano, já contava com mais de um milhão de usuários, se tornando o veículo de mensagem rápida preferido desta faixa etária de internautas. O ICQ se manteve na liderança até o inicio dos anos 2000, depois de conquistar cerca de 160 milhões de usuários, quando perdeu a primazia para o MSN.

1.3. Influenciando comportamentos.
Ao longo das últimas três décadas, o comportamento humano vem sendo modificado pela influência deste tipo de acesso à Internet. Enquanto, foi na primeira década do século XXI que a exposição virtual apresentou um maior impulso. Em 2004, chegou à rede aquele que seria o grande inovador do conceito de rede social, o outrora maior site de relacionamento da Web, o Orkut. Este site, durante 10 anos, dominou o inconsciente dos internautas, tendo sido extinto pelos seus criadores em setembro de 2014, pela vertiginosa perda de espaço para redes que ofereciam melhores opções de acesso: o Twiter e o Facebook.

2. O bem e o mal.
Nosso estudo não tem a intenção de demonizar nem a Internet, nem as redes sociais, mas mostrar o que de bom e ruim temos tanto em uma, quanto em outra, já que essas têm servido de maneira satisfatória à pregação do Evangelho. O problema está no exagero.

2.1. A infelicidade nas redes sociais.
Pesquisas realizadas por universidades através do mundo comprovam que o tempo de exposição às redes sociais vem causando infelicidade em muitos indivíduos. Alguns usuários têm se desesperado em busca de atenção nas redes e são capazes de divulgar os mais terríveis posts em busca de curtidas. Fotos extravagantes, e até mesmo íntimas, têm povoado a timeline (linha do tempo) de muitos internautas. Só isso já é suficiente para refletirmos sobre que tipo de valores têm permeado a nossa família e sociedade.

2.2. Comunhão com Deus em risco.
Pesquisas comprovam que os brasileiros chegam a passar 4 horas diariamente nas redes sociais. Isso tem sido tremendamente nocivo para o seu crescimento individual, pois, quando confrontados acerca do porquê não estudar ou esforçar-se mais em busca de uma melhora profissional, muitos alegam falta de tempo. Esse tempo cedido às redes sociais pode, inclusive, afetar o crescimento espiritual. Parte desse tempo poderia ser utilizado com a meditação da Palavra e contemplação das bênçãos recebidas do Senhor. O texto de Isaías 55.6 nos adverte a buscar o senhor enquanto está perto. O uso exagerado das redes sociais promove o nosso afastamento de Deus, afetando a nossa comunhão com Ele.

2.3. O risco das invasões de perfis.
Uma vida de fantasia tem levado muitos indivíduos a um estado de depressão. Geralmente, quando descobrem algumas farsas plantadas por sites inescrupulosos, ou então têm suas intimidades expostas por pessoas que outrora tinham com íntimas, passam a ter uma vida reclusa, com medo da discriminação da sociedade. Esse tipo de atitude, a exposição de intimidades, tem se multiplicado, causando a infelicidade de muitos usuários, pois inocentes têm tido seus perfis invadidos. A invasão de perfis tem sido responsável por muitas desavenças. Ao acessar a rede, os menos avisados podem se tornar presas fáceis para invasores, que irão utilizar seus perfis para fins promíscuos, como divulgar pornografia infantil, por exemplo.

3. Lições práticas.
O uso contínuo das redes sociais vem, ao longo do tempo, comprometendo os relacionamentos. Hoje em dia, temos um número sem fim de amigos nas redes, mas com quantos poderíamos contar em caso de real necessidade?

3.1. Um novo conceito de amizade.
As redes sociais criaram um novo conceito acerca de amizade. Hoje, muitas amizades são pautadas em relacionamentos superficiais, os quais não oferecem nenhuma segurança. Em busca de amigos virtuais acabamos por perder a amizade de Jesus, o nosso melhor amigo (Jo 15.15).

3.2. O comprometimento do casamento.
Muitas crises conjugais têm sido atribuídas às redes sociais. “Amizades” entre homens casados e moças solteiras têm causado muitas brigas entre casais. O esfriamento do contato com o cônjuge também tem sido a reclamação de muitas pessoas, principalmente as mulheres, que se sentem abandonadas por seus esposos. A Bíblia ensina que o homem deve deixar pai e mãe e unir-se a sua mulher, fazendo com ela uma só carne (Gn 2.24; Mc 10.7; Ef 5.31). Então, por que não deixar um pouco de lado os relacionamentos virtuais e valorizar o casamento, que Deus criou para realização de seu maior projeto: a família? Em muitos casos, vemos a atenção aos filhos sendo negada em favor de uma vida voltada para o contato diário nas redes. Lembre-se de que os filhos são herança do Senhor e o cuidado deles é o nosso compromisso (Sl 127.3).

3.3. O regate da perda.
Podemos ter acesso a todas as coisas, entretanto não podemos nos deixar dominar por elas (1Co 6.12). Quando percebermos que o uso das redes sociais está fugindo do nosso controle, invadindo a nossa privacidade, afastando do nosso cônjuge e da nossa família, devemos imediatamente buscar o amadurecimento do fruto do Espírito, que nos garantirá o retorno a uma perfeita comunhão com o Senhor e esse retorno resgatará o que tivermos perdido.

Conclusão.
Muitos relacionamentos têm sofrido pelo mau uso dos meios de comunicação, contudo, pudemos observar que existem meios de controlar esse uso e nos mantermos ligados à modernidade, sem nos afastar do que realmente tem valor para o homem: Deus e a família.


Tecnologia: Maldição ou Benção?

Texto Áureo
E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. Mt 24.12

Verdade Aplicada
Mais do que nunca, a Igreja precisa saber lidar com o uso da tecnologia. Para isso, a ajuda do Espírito Santo é providencial.

Textos de Referência.
1 Tessalonicenses 5.16-23
16 Regozijai-vos sempre.
17 Orai sem cessar.
18 Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
19 Não extingais o Espírito.
20 Não desprezeis as profecias.
21 Examinai tudo. Retende o bem.
22 Abstende-vos de toda aparência do mal.
23 E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.

Introdução
O uso exagerado da tecnologia tem trazido algumas anomalias para dentro da Igreja. Urge falarmos sobre o assunto e apresentarmos o fruto do Espírito Santo como alternativa divina para o problema.

1. A Revolução Industrial
Com o advento da Revolução industrial, desencadeada por um conjunto de mudanças ocorridas na Europa nos séculos XVIII e XIX, a humanidade deu o primeiro passo em direção ao processo de desenvolvimento e do crescimento da tecnologia. A Revolução Industrial foi desencadeada em duas etapas: de 1760 a 1860 e de 1860 a 1900. Entretanto, há estudos que consideram os avanços tecnológicos dos séculos XX e XXI como uma terceira etapa desta revolução.

1.1. A entrada no mundo virtual.
Quando o homem percebeu que poderia, através do conhecimento fornecido pelo Criador (Pv 1.5), desenvolver máquinas que pudessem realizar de maneira mais rápida o trabalho, passou então a pesquisar meios que o levassem a isso. O uso de máquinas teve seu início no século XIX com a invenção do motor a explosão e da locomotiva a vapor. Também no século XIX, foram inventados o telefone e o cinematógrafo, sendo assim dado o primeiro passo para o que temos nos dias atuais. O século XX foi o grande momento da expansão das telecomunicações, com a televisão, computadores, celulares e a Internet, fazendo-nos chegar ao mundo virtual.

1.2. Uma arma perigosa.
Enquanto nos utilizávamos das máquinas, do telefone e do cinematógrafo, vivíamos dentro de uma área de controle, onde o uso destes dependiam da supervisão de outrem. Contudo, com a chegada da TV e do computador em larga escala, tal controle perdeu-se, deixando assim o indivíduo como senhor de suas escolhas. O que fora criado para um bom desenvolvimento da humanidade tornou-se uma arma perigosa contra a sociedade. O uso indevido destes veículos começou a ser uma prática utilizada por muitos, transformando o que seriam uma benção em maldição. Com a TV veio o vídeo cassete, que proporcionou acesso doméstico a todo tipo de conteúdo.

1.3. Perdendo a comunhão com Deus.
Com a popularização do computador, através da criação do PC (computador pessoal) e a criação da Internet, o acesso às informações e conteúdos veiculados na rede também se popularizou. A tecnologia da computação avançou, criando os conhecidos tablets e smartphones, colocando ao alcance da mão, 24 horas por dia, todo tipo de conteúdo através da rede. As empresas especializadas trabalharam para manter cada vez mais o indivíduo preso ao mundo virtual, atingindo diretamente os relacionamentos familiares, as relações interpessoais e a comunhão com Deus. A falta dessa comunhão, nos torna mais vulneráveis a ação do maligno, comprometendo a nossa salvação.

2. A mídia tecnológica.
É necessário refletir acerca de quanto temos valorizado as coisas do mundo em detrimento das coisas de Deus. Muitos crentes de hoje abrem mão de minutos preciosos na presença do Senhor em troca de horas dedicadas aos acontecimentos diários, deixando-se envolver pela mídia.

2.1. Antenados sim, desligados não.
As informações trazidas pela mídia através da TV, redes sociais e canais diversos utilizados, principalmente por meio da Internet, têm levado muito ao uso exagerado destes meios de comunicação. A Igreja de Cristo deve estar “antenada” e ter, sim, conhecimento do que está acontecendo à sua volta. Entretanto, o fato de estarmos a par dos acontecimentos não pode nos escravizar a ponto de comprometer a nossa salvação. Tal comportamento tem gerado verdadeiros “zumbis sociais” que, muitas vezes, se movimentam em meio a um grupo, mas é comum não estarem presentes no contexto do qual fazem parte.

2.2. O perigo do excesso de informação.
As informações trazidas pela mídia e a oferta de tecnologia tendem a nos tirar o foco daquilo que realmente é importante para se ter uma vida espiritual saudável. Muita informação ao mesmo tempo confunde a mente e leva o indivíduo a uma condição letárgica, como se estivesse em transe hipnótico. Sendo assim, a melhor atitude a ser tomada é buscar o amadurecimento do fruto do Espírito Santo, o qual contribuirá para o crescimento de uma vida íntima com Deus, transformando de forma definitiva a vida de quem espera vinda de Cristo. Sem dúvida o fruto do espírito é indispensável para o cristão. No entanto, devido aos apelos midiáticos e tecnológicos, esta cada vez mais difícil viver uma vida santificada.

2.3. Exercitando o servir a Deus.
Hoje as distrações que nos afastam do alvo são cada vez mais apelativas e se multiplicam em número. Estamos imersos em um ambiente cada vez mais pluricultural, onde temos acesso à diferentes informações a uma taxa maior do que somos capazes de processar. Além disso, a cada momento, temos mais fontes de informação bombardeando nosso cérebro ao mesmo tempo. Tudo isso, ao ser somado à nossa natureza, que já seria suficiente para nos afastar da vontade de Cristo, nos torna presas mais fáceis. Esses apelos corroboram com a ação da carne. Precisamos estar atentos e comprometidos com o exercício diário que é ser servo de Deus. Só em Cristo venceremos esta batalha contra nossa própria vontade (Jo 15.2).

3. Lições práticas.
Segundo Simone de Beauvoir, seja qual for o país, capitalista ou socialista, o homem foi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio trabalho, feito prisioneiro e forçado a um estado de estupidez.

3.1. Um tipo de transtorno.
Quando discutimos acerca de vício, logo vem á nossa mente o uso de drogas lícitas e ilícitas ou então algum tipo de propensão a jogos de azar. Entretanto, o fato de estar sempre buscando ficar conectado o tempo todo já é identificado como um tipo de transtorno, conhecido como nomofobia.

3.2. O que é nomofobia?
O fato de sentir a necessidade de ter o celular por perto ou qualquer tipo de aparelho que o manterá conectado o tempo inteiro pode significar que o indivíduo está sofrendo com a nomofobia. A origem do nome vem do inglês “no mobile, que significa “sem celular”. Apesar do significado do nome, podemos ampliar este tipo de dependência para a necessidade que o indivíduo tem de ter acesso a qualquer tipo de tecnologia o tempo todo. Pesquisas realizadas no Reino Unido apontaram que 66% dos entrevistados se mostraram muitos angustiados com a possibilidade de perder o celular. Outras pesquisas comprovaram que os sintomas de abstinência de celular são semelhantes à abstinência de drogas. Em alguns casos, ficar 24 horas longe de tecnologia pode desencadear crises terríveis.

3.3. Buscando o ponto de equilíbrio.
Na nossa vida espiritual precisamos buscar um ponto de equilíbrio, que nos é fornecido pelo amadurecimento do fruto do Espírito e nos mantém em contato com o Senhor Deus. Fazer isso não é fácil e nunca foi. Contudo, se nos mantivermos atentos à sã doutrina e focados no objetivo da salvação, conseguiremos vencer. Lembremo-nos sempre que Jesus Cristo viveu entre nós e conhece nossa fragilidade, mas também conhece nossas mentiras (Pv 15.3).

Conclusão.
O acesso descontrolado às tecnologias, afeta o comportamento das pessoas, tornando-as mais esquecidas, impacientes e impulsivas, mais o fruto do Espírito Santo é uma arma poderosa para mantermos o equilíbrio necessário para a comunhão tanto com Deus quanto com a Igreja.


sexta-feira, 1 de abril de 2016

Mais que vencedores

O Apóstolo Paulo viveu momentos de intensa angústia em relação ao seu futuro e foi justamente nesses instantes que escreveu de forma tão profunda o texto de Romanos 8.31-39.

"Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" - Nada é maior do que Deus. Não há adversário a sua altura. E Se Ele tiver oportunidade em sua vida, quem vencerá?

"Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?" - Deus não economizou nem o céu para nos salvar. O que havia de mais precioso, seu filho Jesus, foi presenteado numa cruz para todos os seres humanos, inclusive para você. Não lhe dará, porventura, as coisas materiais?

"Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica;" - Não precisamos mais ficar com a consciência pesada acerca de nosso passado. O Sangue de Jesus pode nos purificar.

"Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós;" - Não precisamos temer nada, se tivermos que comparecer diante do tribunal Divino, Jesus será o nosso Advogado. Nenhuma culpa supera o sacrifício do Filho de Deus.

"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?" - Se estivermos intrinsecamente ligados a Ele seremos superiores as dificuldades físicas, emocionais e Espirituais. As dificuldades inerentes a esta vida ficarão minúsculas diante da esperança do fulgor da glória eterna.

"Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro." - Ao lado do Soberano Senhor, não temeremos nada, inclusive a própria morte. A vida não passa de um pequeno estágio para a Eternidade.

"Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou." - Podemos e devemos ser vencedores hoje, pois somos amados por Deus. Debaixo do telhado da graça de Deus os temporais da vida não passam de suaves melodias.

"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." - Devemos ter a fé, a plena certeza, de que nada neste mundo, as que vemos e as que não vemos, nem mesmo o "inferno" todo, supera o amor que Deus sente por nós.

Seja forte, vença. Mergulhe na imensidão do amor, da bondade, da graça de Deus.


  O Amor de Deus para Conosco                                                                       
         
O que podemos dizer diante de tudo isto? Se Deus é por nós, quem poderá ser contra nós?…Quem poderá nos separar do amor de Cristo? …nem as coisas altas ou mais, mais profundas, nada sequer na Criação poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor..  Romanos 8.31, 35a, 39 

Reflexão
A passagem acima (por favor, leia-a completamente) conclui e encerra toda a primeira parte de Romanos, capítulos 1-8. Todos os comentaristas concordam. Mas pouco se repara que este parágrafo segui imediatamente a passagem que fala dos sofrimentos e do resgate da criação em Romanos 8.18-29. A afirmação que nada poderá nos separar do amor de Cristo se refere, portanto, não só à obra de Cristo a nosso favor, nós seres humanos como a coroa da criação (Hb 2.7; Sl 8.4-6), mas também se refere ao plano maior de Deus de resgatar a criação toda, também vítima, conforme o relato de Gênesis, da queda do homem e carente de redenção. A posição de 8.18-29 acerca da criação, logo antes da conclusão em 8.31-39 acerca da nossa inseparação do amor de Deus em Cristo, não á acidental. Como entender?…
O plano de Deus é maior do que podemos imaginar. Certamente maior do que nós mesmos, mesmo que, graças a Deus, nos inclua. Mas, Deus não é fortuito. Ele não criou a sua criação, inclusive nós, à toa. O universo não é caprichoso. Ele é repleto de propósito, e propósito divino. Um propósito que honra o Criador. Um propósito que retorna amor ao Criador. Um propósito que glorifica o Criador. Um propósito aos pés do Criador. Por isso, para o resgate do Universo, a retidão de Deus, isto é, a veracidade de Deus, isto é, a justiça de Deus há de invadir e tomar conta da Criação. Toda a história (as Escrituras ou a Lei) a respeito de Deus caminha nesta direção. Por exemplo, o Livro de Apocalipse termina com a estabelecimento dum Novo Céu e duma Nova Terra. A história da Bíblia é a história do resgate da Criação de Deus. Focaliza o resgate do ser humano, criado com a incumbência de ser jardineiro desta criação. Mas o resgate do jardineiro sem levar em conta o jardim não faz muito sentido e, de fato, seria incompleto. O “primeiro” Adão ocasionou a opressão e a entrada da injustiça e a morte no mundo (Rm 5.12-14): nos seres humanos e no meio ambiente. O “segundo” Adão ocasionou a libertação e a entrada da justiça e da vida (Rm 5.15-18).
O jardineiro com Cristo tudo pode para completar a sua tarefa. Porque com Cristo temos tudo que precisamos. A vitória está certa. Nada neste mundo ou além poderá impedir mais nem o nosso resgate e nem o implemento do nosso papel no resgate da criação. Não há impedimento ao cumprimento do propósito de Deus. Lá fora a situação pode não parecer boa. Mas nem isto é suficiente para nos desanimar, muito menos nos desincentivar. O percurso do plano de Deus está certo. Nossa inclusão já foi providenciada e nosso papel plenamente capacitado.

Oração
Nada, nada, nada, poderá nos separar do Teu amor, ó Pai. Nada poderá nos distanciar do amor de Cristo. Alelúia. Amém.

quinta-feira, 24 de março de 2016

  Viver a Vida Reta Exigida Por Deus

Heb 10:36-38 Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma.

1Pe 1:14-16 Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.

1Pe 3:8-12 Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança. Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males.

Rom 6:11-13 Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.

Rom 6:16-19 Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.
A justiça de Cristo é oferecida por Deus ao que crê, para que ele seja justificado pela fé, e não somente isto, como também para que possa viver dali por diante, de modo justo.
Os textos bíblicos que acabamos de ler afirmam esta verdade. E bem-aventurados são aqueles que a praticam. Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação. Não nos chamou para servir ao pecado, mas à justiça. E a justiça demanda que seja dado a cada um o que lhe é devido: seja reparação de danos, males e ofensas sofridas, seja recompensa ou juízo.
Daí nosso Senhor ter afirmado o que lemos no texto de Mt 5.23-26:

Mat 5:23-24 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.  Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.
Veja, que o caso citado pelo Senhor fala de uma dívida de reparação que deve ser feita por aquele que ofendeu a um irmão e que tenha sido convencido pela sua consciência, no ato de culto a Deus, de que fora injusto em seu procedimento contra outrem, e que assim, contraíra uma dívida de reparação da ofensa, tanto para com o irmão quanto para com Deus, a qual deve ser paga primeiro, pela reconciliação para que possa ser aceito pelo Senhor, e não julgado por ele, sendo entregue à prisão espiritual, para que a exigência da justiça divina seja satisfeita.
Somente há eficácia na graça de Cristo, na Sua justiça, que recebemos para cobrir o nosso pecado, quando há arrependimento, confissão, e um andar na verdade. Pois quando nos firmamos num viver mundano, carnal, e contrário à verdade revelada na Palavra de Deus, não podemos contar com o agrado de Deus, uma vez que ofendemos deliberadamente a Sua justiça, e deste modo, o Seu favor não pode estar sobre nós.
É a isto que se refere o texto de Hebreus 10.24:

Heb 10:24-27  Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima. Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.
Mesmo no homem natural há um clamor interno para que a justiça seja feita. E a justiça é feita não apenas quando o malfeitor é lançado na prisão pelo juiz, mas, quando a parte ofendida recebe por ordem judicial, a reparação do dano sofrido. Evidentemente, deve ser levado em conta se a demanda é justa, ou seja, se há de fato procedência na queixa apresentada.
A justiça divina não operará portanto, em favor daqueles que se sentem ofendidos e prejudicados por simples motivos sentimentais, emocionais e cujas queixas e demandas não são verdadeiras e retas segundo o padrão das Escrituras. Mas, o Senhor sempre fará justiça a todos aqueles que procedem retamente. É por isso, que se lê em I Pe 2.20-24 o seguinte:

1Pe 2:20-24 Pois que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados por isso, o suportais com paciência? Se, entretanto, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus. Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca;
pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente,
carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.
Pedro fala o mesmo que Paulo diz em Rom 6: “para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça”. Ou seja: Jesus carregou nossos pecados na cruz, para este propósito de vivermos para a justiça, a saber, vivermos de modo reto segundo a Palavra e vontade de Deus.
O crente deve seguir os passos de Cristo, isto é, o exemplo que Ele nos deixou. Sem isto, não estará vivendo a vida reta esperada por Deus.
Não recebemos portanto a graça e a justiça do Senhor Jesus que nos tornou filhos de Deus, para ficarmos simplesmente nos gloriando neste fato, esquecidos, que houve um propósito divino nisto, quanto ao nossos procedimento, que deve ser justo e santo perante Ele, em todos os dias da nossa vida.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Os Desafios de Educar Filhos


Texto Áureo
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele”.
Provérbios 22.6

Verdade Aplicada
Os pais não podem agir com coação, estupidez ou maus tratos com os filhos, pois, além de não ser a forma ideal, existem leis que preveem sanções aos pais infratores.

Textos de Referência.

Deuteronômio 6.6-7
6 E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração;
7 E as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te.
Salmos 127.3-4
3 Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.
4 Como flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade.
Efésios 6.4
4 E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.
Colossenses 3.21
21 Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo.

Introdução
Hoje os nossos filhos têm mais informações do que tínhamos no passado. Por isso, os pais também devem acompanhar o desenvolvimento e o progresso tecnológico para ajudar os filhos a crescerem sem prejuízo.

1. Filhos Herança do Senhor
Os filhos são herança do Senhor e o fruto do ventre o seu galardão (Sl 127.3). A responsabilidade recai sobre os pais, que deverão cuidá-los bem, da melhor maneira possível, pois os pais são apenas mordomos cuidando daquilo que não é deles. Tanto é que os filhos nascem, crescem, se casam e vão embora constituir novas famílias.

1.1. Presente de Deus aos pais.
Os filhos são recompensas da parte de Deus. São bens ativos e não dívidas. O Senhor espera que sejamos bons despenseiros na criação e educação dos filhos. Eles são privilégios dados a nós. É uma bênção usufruirmos durante a vida da companhia, do carinho e do amor dos filhos. Não podemos abrir mão da missão deliciosa que Deus nos confiou.

1.2. Responsabilidade dos pais.
Os pais têm a responsabilidade de ensinar aos filhos “no” caminho em que devem andar (Pv 22.6).Não adianta mostrar a porta, há necessidade de entrar por ela. Os pais não devem mandar os filhos para a igreja, devem ir juntos. Não adianta querer o filho na igreja se a mãe fica assistindo novela ou o pai assistindo futebol. Além dos pais serem guias, sacerdotes e provedores, também deverão dar as suas vidas como exemplo aos filhos.

1.3. Pais, espelhos dos filhos.
Muitos filhos querem imitar os pais, inclusive na profissão. Cuidado com os maus exemplos, pois os filhos poderão copiá-los. Alguém, certa feita, disse: “As palavras comovem, mas o exemplo arrasta”. A maior herança que deixamos para os nossos filhos não são os estudos nem os bens patrimoniais, mas um nome limpo, uma vida honrada e digna, um exemplo a ser seguido. Infelizmente, alguns pais pensam que os filhos são bobos e que não estão de olho nas suas atitudes.

2. Limites: quem manda em sua casa?
Aceitar os filhos mandarem nos pais é negativo e fora dos princípios da Palavra de Deus (Hb 12.8). A Palavra de Deus afirma em 1Timóteo 3.4-5 que o obreiro (mas esse princípio vale para todos) precisa governar bem a própria casa, tendo seus filhos sob disciplina, com todo o respeito, pois se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da Igreja de Deus? Com essa palavra, o apóstolo Paulo nos dá prova suficiente sobre quem deve mandar na casa.

2.1. Limites estabelecidos por Deus.
Os filhos devem obedecer e honrar os pais porque é um mandamento com promessa, além de ser extremamente agradável ao Senhor (Ef 6.13; Cl 3.20). No entanto, os pais também não podem provocar a ira dos filhos, para que não percam o ânimo (Ef 6.4; Cl 3.21). Os filhos precisam de normas para serem obedecidas, pois onde não há regras nem regulamentos vira bagunça (Pv 29.17). Os pais devem estabelecer limites justos e lógicos. Não devem exagerar nos limites. Devem elogiar quando cumprirem os horários e os limites pré-estabelecidos. Não devem colocar limites inatingíveis para evitar desgastes. Nunca punir injustamente. Devem corrigir sempre com justiça. Jamais disciplinar os filhos com as emoções afloradas.

2.2. Limites, um ato de amor.
Quem ama ensina e coloca limites. Os pais devem ensinar aos filhos a ouvir e aceitar o “sim” e o “não”. Deve-se sempre educar os filhos sob o princípio de que na vida não se pode fazer somente o que se quer (Pv 29.15). Ensinar que não se pode ter tudo que quer. Desejar tudo que quer é uma ilusão perigosa. Ensinar que nem tudo que se acha bonito é bom, pois nem tudo que reluz é ouro. Ensinar que não precisa experimentar de tudo na vida para saber que não vale a pena, pois algumas coisas não são legítimas nem boas, além de serem prejudiciais à saúde física e à vida espiritual.

2.3. Disciplina à luz da Bíblia.
A Palavra de Deus afirma em Hebreus 12.7-8 que é para disciplina que suportamos a correção, pois o nosso Deus nos trata como filhos. E faz uma simples pergunta: “Que filho há a quem o pai não corrige?”. Logo após, dá uma célebre resposta: “O filho que fica sem disciplina, da qual todos devem ser participantes, passa a ser bastardo e não filho”. Assim como somos corrigidos constantemente por Deus para o nosso próprio bem, visto que somos Seus filhos (Jo 1.12), mediante a fé (Ef 2.8-9), não devemos retirar a disciplinados nossos filhos (Pv 23.13), mas devemos ter o cuidado para não os espancar. É uma atitude que necessita de moderação. Disciplina o teu filho e ele te dará descanso; dará delícias à tua alma (Pv 29.17). Mais do que nunca, é preciso que os pais entendam que o caráter, através do qual a sabedoria se expressa, é uma planta que cresce com mais força após ser podada (Pv 5.11-12; 15.32-33; Hb 12.11) – e isto desde os dias da infância (Pv 13.24; 22.6). No caso da criança entregue a si mesma, o único resultado que se pode prever é a vergonha para os seus pais (Pv 29.15).

3. Educar versus treinar.
Ao educar nossos filhos, estamos passando valores éticos, morais e cristãos, mas, com o mundo agonizando por falta desses elementos, se torna uma missão dificílima, pois o que eles enxergam na sociedade, e ás vezes até dentro das igrejas, são comportamentos totalmente desvirtuados dos conceitos bíblicos e valores cristãos. Mesmo com todas as dificuldades, precisamos preparar os filhos para o futuro, torna-los hábeis e capazes de vencer na vida.

3.1. Educar a luz da Bíblia.
Os filhos precisam ser educados na disciplina e admoestação do Senhor (Ef 6.4). A Bíblia recomenda ensinar a criança no caminho em que deve andar e, ainda quando for velho, não se desviará dele (Pv 22.6). Não podemos deixar de transmitir os valores cristãos (teoria e prática) desde cedo. Inculque nos filhos a Palavra do Senhor desde criança, assentado em casa, andando pelo caminho, ao deitar e ao levantar (Dt 6.6-7).

3.2. Educar e treinar para a vida.
Educar é um desafio diário e essa tarefa compete aos pais e não à igreja ou escola. Educar filhos para a vida é educar embasado no amor, equilíbrio emocional, limites e diálogo. Isso propiciará qualidade aos ensinamentos. Educar é, acima de tudo, dar exemplos. Invista tempo com seus filhos, ouça-os, ame-os incondicionalmente, não abra mão da disciplina, desenvolva diariamente a autoestima deles e nunca deixe de ensinar a amar a Deus e a Sua Palavra (Pv 22.6). Pais, Deus deu essa missão a vocês!
Não queira que o seu filho já tenha a experiência e a sua maturidade. Mostre para os alunos o seguinte versículo bíblico: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino” (1Co 13.11). Diga para eles que ninguém adquire experiência de um dia para outro. Os nossos filhos vão sendo treinados aos poucos. Lembre para eles que uns podem demorar mais do que os outros.

3.3. A família e o comportamento infantil.
O ser humano precisa de outras pessoas para se desenvolver, pois é um ser social. Na infância, há necessidade de a criança reproduzir o ambiente familiar onde vive. Através dos gestos, falas e atitudes, pode-se notar indicadores de relação familiar com a qual a criança está inserida. Como a família é um modelo cultural, social e emocional, a criança extrairá dele o aprendizado. É nessa fase de formação da personalidade que esse meio estabelece vínculos afetivos e construções de aprendizagem para toda vida. É necessário que a família esteja atenta às atitudes, formas e conteúdos que estão repassando, de forma indireta, às suas crianças.

Conclusão
Educar filhos nos dias de hoje é um desafio. Os pais devem se conscientizar de que não se pode criar filhos hoje como fomos criados no passado. A cada década, precisamos nos atualizara respeito de como educar os nossos filhos. Não dá para pararmos no tempo e ignorarmos a evolução e a modernidade.


As Demandas da Juventude


Texto Áureo

“Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. 1 Pedro 5.7

Verdade Aplicada

Nosso Deus é poderosamente capaz de cuidar de cada um de nós, mesmo diante de nossas maiores preocupações.

Textos de Referência.


1 João 2.13-16
13 Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Mancebos, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai.
14 Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.
15 Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.

Introdução

O jovem faz parte do projeto de Deus chamado família. Por isso, abordaremos as demandas da juventude no contexto pessoal, espiritual e familiar no mundo contemporâneo, tendo como base os princípios da Palavra de Deus.

1. Crises e desafios.

A vida é repleta de oportunidades, dramas e desafios, mas é na juventude que essas facetas da existência se apresentam de forma mais intensa. Nessa fase é preciso sabedoria. A sociedade e até mesmo a família cobram do Jovem uma definição em diversas áreas da vida. Essa pressão por todos os lados pode resultar em crises prejudiciais ao desenvolvimento saudável do indivíduo.

1.1. Crise de identidade.

Uma das muitas crises que podem atingir o jovem cristão é a crise de identidade. O filho pródigo da parábola contada por Jesus é um exemplo disso (Lc 15.11-31). Motivado pela curiosidade e insatisfação com sua realidade, o filho mais novo busca numa terra distante a mudança que deseja, para perceber, depois de algum tempo e de algumas perdas, que o melhor lugar para estar era de onde nunca deveria ter saído, isto é, a casa do pai. A crise de identidade é vencida através da aceitação de si mesmo e da própria realidade. A rebeldia e a revolta devem ser substituídas pela fé, que nos faz crer que quem somos e onde estamos hoje não determina quem seremos e onde estaremos amanhã (Fp 4.13).

1.2. Baixa autoestima.

Autoestima é o conceito que a pessoa tem de si mesma. È como ela se vê. Uma pessoa com autoestima saudável se ama, se respeita, se aceita, se valoriza, se acha digna. A baixa estima é o sentimento oposto. Quem possui baixa autoestima está sempre pra baixo. Tem problemas com a própria aparência, se acha incapaz de tudo e por isso não tenta nada e perde oportunidades incríveis. Uma pessoa assim vive insegura, tem dificuldades de se relacionar e fazer amigos porque acha que não será aceita. Muitas vezes a baixa autoestima evolui para um quadro depressivo. Não se esqueça que Satanás usa esses equipamentos para impedir seu crescimento. Somos aquilo que pensamos (Pv 23.7). Por isso, proteja seus pensamentos (Cl 3.1).

1.3. Desafios do cristão contemporâneo.

Existem três grandes desafios que o jovem cristão deve aceitar para que possa glorificar a Cristo de maneira plena em sua vida. Primeiro, o desafio moral. Em um mundo de verdades relativas e valores invertidos, fazer a coisa certa, na hora certa e de maneira certa, conforme a Palavra de Deus, é um grande desafio. Segundo, o desafio intelectual. Ainda existe muita gente que pensa que o Evangelho é para gente ignorante, sem estudo e desprovida de informação. Essa nova geração de cristãos deve mostrar ao mundo que eles estão enganados. Deus precisa de jovens capacitados, qualificados e íntegros em todas as esferas da sociedade. Por último, o desafio espiritual. O jovem deve ter caráter, ser estudioso, “antenado”, mas não pode abdicar da sua comunhão com Deus. Jesus crescia em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2.52). Ele é nosso modelo de crescimento integral.

2. O papel do jovem cristão na família.

Enquanto não forma seu próprio lar, a grande maioria dos jovens mora com os pais e isso implica em assumir algumas responsabilidades dentro de casa.

2.1. Honrar aos pais.

Este princípio deve ser preservado do nascimento até o fim da vida. Honrar aos pais é o primeiro mandamento com promessa (Êx 20.12). O mandamento não foi “Honra a teu pai e tua mãe se eles forem legais com você”, ou ainda, “honra a teu pai e tua mãe quando eles estiverem com a razão”. O mandamento foi: “Honra a teu pai e tua mãe”. Honrar e muito mais do que obedecer. É apoiar, proteger cuidar, não criticar e nutrir um profundo respeito por aqueles a quem Deus conferiu a autoridade sagrada de pai e mãe. Se alguém não sabe como honrar seus pais, então deve colocar-se no lugar deles e pensar que deve trata-los da mesma forma que gostaria de ser tratado e cuidado quando tiver seus próprios filhos.

2.2. Contribuir para manutenção do lar.

Existem algumas contribuições que o jovem cristão pode praticar dentro de casa para que o lar seja o mais abençoado e agradável. São elas: contribuição espiritual através da oração, intercessão e compartilhamento das coisas espirituais com os membros da família; contribuição financeira, ajudando no orçamento familiar; contribuição emocional, mantendo abertos os canais de comunicação.

2.3. Ganhar a família não crente.

Seria maravilhoso se todos pudessem dizer como Josué “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”; mas nem todos possuem essa felicidade. Muitos jovens fazem parte de uma família onde um ou mais membros não conhecem a Cristo; e quantos sofrem perseguição, afronta e escárnio por causa da sua fé! O que fazer quando a família não é crente? Primeiro, os pais devem ser honrados e amados mesmo que eles não compreendam seu estilo de vida. Além disso, toda família deve ser alvo de oração e intercessão (Tg 5.16). Por último, tenha um bom testemunho.

3. O preparo para construir uma família.

O casamento não é uma obrigação, é uma opção. Pode ser que alguém queira optar por viver solteiro, mas tanto os que desejam se casar quanto os que desejam permanecer solteiros precisam ter a motivação e a preparação adequada (1Co 7.7-40).

3.1. Motivações erradas para casar.

Para que seja bem-sucedido, o casamento necessita de motivações corretas. Citemos alguns motivos pelos quais as pessoas não devem se casar. 1) para sair da casa dos pais, pois querem liberdade. 2) para serem felizes. O casamento só acrescenta felicidade para quem já é feliz antes de se casar. 3) para poderem fazer sexo sem pecar. O casamento é muito mais que sexo. 4) por causa da pressão da sociedade e da família: por interesses materiais e egoístas. 5) por achar que está passando da idade e bate aquela aflição. 6) porque está todo mundo casando. 7) por causa de “visões, revelações e profecias”.

3.2. Motivações corretas para casar.

Se há motivações erradas para casar, também existem as razões corretas para isso. Primeiro, quero casar, pois amo essa pessoa. Lembrando que amor é muito mais que sentimento. É comportamento, comprometimento, atitude e ação. A paixão passa; o amor fica. Segundo, quero casar para fazer o outro feliz. Ao contrário da motivação egoísta, deve-se pensar na pessoa amada em primeiro lugar. Por último, “quero casar com o(a) meu(minha) melhor amigo(a) para o resto da vida”.

3.3. Preparando-se para o casamento.

O que um jovem cristão deve fazer com sua vida enquanto se casa? Simples; viva sua vida na presença de Deus, seja feliz e se prepare. Quantos se ocupam em encontrar a pessoa certa ao invés de buscarem ser a pessoa certa. Procure conhecer a si mesmo. Existem bagagens que são levadas para o casamento, mas quanto menos melhor. Muitos traumas e complexos são adquiridos ao longo da nossa história, a maioria no seio familiar. Esses problemas, se não forem tratados, serão levados para o futuro casamento. Além disso, lembre-se: “Quem casa quer casa”. Então, estude, tenha uma profissão, busque uma boa colocação no mercado de trabalho, não se esqueça de servir a igreja e, o mais importante: priorize Jesus em sua vida (Mt 6.33).

Conclusão
Apesar de todas as demandas que os jovens possuem, cremos que na Palavra de Deus encontramos orientação, resposta e direção para tudo o que precisam. Além disso, nosso Deus não está distante (Sl 37.17-18). Ele está bem perto para falar e revelar a Sua vontade (Sl 25.12).


A Melhor Idade na Presença de Deus


Texto Áureo
“Também há entre nós encanecidos e idosos, muito mais idosos do que teu pai.” Jó 15,10

Verdade Aplicada
A Palavra de Deus alimenta e estimula o respeito pelos mais velhos.

Textos de Referência.

Josué 14.9-11
9 Então Moisés naquele dia jurou, dizendo: Certamente a terra que pisou o teu pé será tua, e de teus filhos, em herança perpetuamente; pois perseveraste em seguir ao Senhor meu Deus.
10 E, agora, eis que o Senhor me conservou em vida, como disse; quarenta e cinco anos há agora, desde que o Senhor falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e, agora, eis que já hoje sou da idade de oitenta e cinco anos.
11 E, ainda hoje, estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual a minha força então era, tal é agora a minha força, para a guerra, e para sair, e para entrar.

Introdução
Calebe se destacou em todas as fases da sua vida. Quando jovem, superou o cativeiro do Egito; na meia idade, venceu as dificuldades do deserto e, na velhice, foi em busca dos seus sonhos (Js 14.10-11).

1. Os idosos são exemplos para os jovens.
A Palavra de Deus está repleta de exemplos que mostram o quanto os idosos são uma verdadeira bênção para os mais jovens.

1.1. Uma fé de longo alcance.
Noé tinha 600 anos quando o dilúvio veio sobre a Terra (Gn 7.6). Ele construiu a arca, ajuntou os animais e pregou para as pessoas na sua época (2Pe 2.5),. Por temer a Deus, Noé, junto com sua família, sobreviveu ao dilúvio. Ele tornou-se o pai de todas as pessoas que vivem na Terra atualmente. Mesmo bem idoso, Noé permaneceu fiel ao Senhor. Sua fé e determinação produziram benefícios que são vistos até o dia de hoje e merecem ser imitados por servos de Deus de todas as idades (Hb 11.7).

1.2. Influência na família.
O Eterno Deus ordenou que Abrão saísse de sua terra aos 75 anos (Gn 12.1-2). Ele obedeceu e só depois de 25 anos viu a realização da promessa do Senhor (Gn 21.2),5). Ele morou em tendas e como estrangeiro durante o restante de sua vida (Gn 12.4: Hb 11.8-9). A perseverança do patriarca Abraão teve forte influência na vida do seu filho Isaque, que permaneceu toda a sua existência (180 anos), como estrangeiro em Canaã. A base da perseverança de Isaque era sua fé na promessa de Deus feita aos seus pais e que, mais tarde, o próprio Deus se encarregou de reforçar (Gn 26.2-5). Os idosos que servem lealmente ao Senhor podem ter uma influência saudável sobre os membros de sua família (Pv 22.6).

1.3. Influência sobre os irmãos na fé.
Com 110 anos, José deu uma ordem a respeito dos seus ossos (Gn 50.25; Hb 11.22). Sua atitude foi um raio de esperança para o povo de Israel durante os anos de escravidão que se seguiram após sua morte, dando-lhes a certeza de que a libertação viria. Baseado nesse ato de fé que Moisés, aos 80 anos, levou os ossos de José para fora do Egito (Êx 13.19).Vale ressaltar também que o próprio Moisés foi uma fonte de conselhos maduros e de sabedoria para o jovem Josué (Êx 24.12-18; 32.15-17; Nm 11.28). Com essa injeção de ânimo e influência poderosa, Josué e Calebe motivaram seus irmãos na fé durante a conquista da Terra Prometida (Js 14.6-13).

2. A Bíblia, a Igreja e o idoso.
É importante compreender que as Sagradas Escrituras fazem questão de mencionar a idade daqueles que falecem em adiantada velhice, tamanha a sua relevância.

2.1. Sábios conselhos.
O Senhor ordenou ao povo de Israel, por intermédio de Moisés, que os anciãos fossem extremamente respeitados (Lv 19.32). Ao instruir o jovem Timóteo, o apóstolo Paulo certamente tinha essa ordenança guardada em seu coração (1Tm 5.1). Por outro lado, o imprudente rei Roboão não levou em consideração o sábio conselho dos anciãos para diminuir a carga tributária e, então, provocou a divisão do reino de Israel (1Rs 12.1-15). Os idosos devem ser apreciados por sua experiência (Pv 20.29). Sem dúvida alguma, os jovens podem aprender lições valiosas da vida dos idosos (Sl 71.18).

2.2. Conselhos para os idosos.
Preocupado com a boa reputação da Igreja e com o avanço do Evangelho, o apóstolo Paulo instrui a Tito quanto aos mais idosos na comunidade cristã (Tt 2.2-5). Ele encoraja os homens idosos a serem constantes e sadios na fé. Quanto às mulheres idosas, Paulo aconselha a serem sérias no seu viver e não caluniadoras. O apóstolo incentiva as irmãs idosas a serem mestras no bem e professoras das mais novas. Vale ressaltar que não se trata aqui da instrução formal, mas que o conselho e encorajamento das irmãs idosas às mais novas se dê pela palavra e pelo exemplo. É admirável quando os idosos realizam esse importante trabalho de aconselhamento, de ensino, de transição, para que os mais novos saibam como fazer e por que fazer.

2.3. Um ministério específico para os idosos.
A Igreja possui um grande número de idosos acima de sessenta anos e, assim como possui ministério específico com crianças, jovens e adultos, precisa criar o ministério próprio para os idosos. Tem que ser um ministério que se preocupe e se comprometa com a atenção e cuidado, buscando formas e métodos que correspondam ás suas necessidades e expectativas espirituais, sociais, psicológicas e biológicas. Um ministério que promova a independência, participação, atenção, realização pessoal e dignidade. Sabendo que o idoso ainda pode contribuir com sua família, igreja e sociedade, porque a Bíblia valoriza o idoso (Sl 92.12-15).

3. Três níveis de compreensão.
Diante de uma realidade cada vez mais frequente, o desafio do ministério com idosos é trabalhar com três níveis de compreensão. São eles:

3.1. Compreensão para o idoso.
Trata-se da educação para o envelhecimento, levando-os a refletir sobre algumas questões como: Qual a visão do seu auto envelhecimento? O que o envelhecimento significa para você? Com que idade alguém se torna “velho”? Como fazer para que os anos acrescentados de esperança de vida transcorram com uma qualidade de vida mais satisfatória? Como você pode ajudar os outros a envelhecerem com mais sucesso?

3.2. Compreensão do idoso.
Para isso, é necessário quebrar paradigmas da sociedade em geral quanto ao envelhecimento. Combater intensamente o preconceito contra os idosos, permitindo-lhes manter sua independência, reconhecer sua autonomia para tomar suas decisões e reafirmar a sua dignidade, respeito, valor e reconhecimento.

3.3. Compreensão com o idoso.
Nesse estágio é necessário preparar e capacitar àqueles que desejam atuar no ministério com a melhor idade para que os reconheçam, honrem, integrem e os envolvam com as demais gerações (inter geracionalidade). É necessária a formação de um grupo de convivência para a melhor idade, objetivando um envelhecimento saudável e de forma integral, isto é, bio-psico-social-espiritual para os idosos. Para isso, devemos ter em mente alguns objetivos específicos: proporcionar aos idosos a oportunidade de formação e fortalecimento de amizades e o desenvolvimento do companheirismo; criar oportunidades de compartilhar e valorizar experiências vividas; possibilitar o aprendizado de novas habilidades, ampliando o interesse pelo mundo à sua volta; proporcionar alternativas para utilização das novas e antigas habilidades (voluntariado e remunerado); oferecer atualização de conhecimentos; criar oportunidades para a realização de passeios, viagens e excursões; proporcionar momentos de reflexão a respeito do processo de envelhecimento; proporcionar capacitação física e recreativa através do lazer, atividades lúdicas, sociais e culturais; despertar e reforçar princípios cristãos que permitam uma vivência mais significativa e feliz.

Conclusão.
É preciso entender que a contribuição do idoso pode ser valiosíssima no desenvolvimento da família, da Igreja e da sociedade. Seu envelhecimento pode ser caracterizado por atividades produtivas. O que você será quando envelhecer? O que fará quando envelhecer?