Os
Perigos da Febre das Redes Sociais
“Buscai
ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”. Is 55.6
Verdade
Aplicada
Não
podemos permitir que nada seja mais suficiente para nós do que uma vida
verdadeiramente em Cristo.
Textos
de Referência.
Salmos
128.1-6
1
Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos.
2
Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
3
A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus
filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.
4
Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.
5
O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os
dias da tua vida.
6
E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.
Introdução
Nos
últimos anos, as redes sociais se transformaram no maior meio de contato
virtual. Porém, também contribuíram para o afastamento de muitos do seu
convívio social. Abordaremos nesta lição este polêmico, mas real, tema.
1.
O começo de tudo.
O
conceito de redes sociais teve seu início na segunda metade dos anos 90 do
século XX com a criação dos chamados chats de bate papo. As pessoas começaram a
se relacionar via Internet e a se conhecerem virtualmente. Em meados de 1995,
foi criado o Mirc, site com a proposta de colocar as pessoas em contato através
da rede mundial de computadores. A partir daí, foi dada a largada ao que
chamamos de relacionamentos virtuais. O Mirc viria a ser substituído no início
da década seguinte pelos chamados mensageiros instantâneos, como o MSN.
1.1.
As primeiras redes sociais.
Ao
contrário do que muitos pensam, as redes sociais, como conhecemos hoje, não são
algo novo, elas também tiveram as suas primeiras inserções na rede em meados de
1990. Na segunda metade da década, surgiu aquele que seria considerado o
precursor do Instagram, o Fotolog. Assim como a popular rede social de hoje, o
Fotolog era utilizado para postagens de fotos com pequenos textos e também
começava a tornar popular aqueles que criavam o seu perfil naquela rede. Nesta
época, surgiram também o Flogão e ainda as páginas pessoais gratuitas, como
Geocities, HPG e Kit Net. A grande diferença hoje é a exposição instantânea,
devido ao acesso acelerado dos smartphones e à internet móvel.
1.2.
Adolescentes e uma opção contra timidez.
Ainda
falando dos anos noventa, podemos destacar que a grande novidade desta época
eram as salas de bate-papo, pois elas proporcionavam contato rápido com
parceiros virtuais. Isso foi uma grande oportunidade para adolescentes tímidos
que tinham dificuldade de se relacionar, principalmente com adolescentes do
sexo oposto, Em 1996, surgiu o ICQ que, em menos de uma ano, já contava com
mais de um milhão de usuários, se tornando o veículo de mensagem rápida
preferido desta faixa etária de internautas. O ICQ se manteve na liderança até
o inicio dos anos 2000, depois de conquistar cerca de 160 milhões de usuários,
quando perdeu a primazia para o MSN.
1.3.
Influenciando comportamentos.
Ao
longo das últimas três décadas, o comportamento humano vem sendo modificado pela
influência deste tipo de acesso à Internet. Enquanto, foi na primeira década do
século XXI que a exposição virtual apresentou um maior impulso. Em 2004, chegou
à rede aquele que seria o grande inovador do conceito de rede social, o outrora
maior site de relacionamento da Web, o Orkut. Este site, durante 10 anos,
dominou o inconsciente dos internautas, tendo sido extinto pelos seus criadores
em setembro de 2014, pela vertiginosa perda de espaço para redes que ofereciam
melhores opções de acesso: o Twiter e o Facebook.
2.
O bem e o mal.
Nosso
estudo não tem a intenção de demonizar nem a Internet, nem as redes sociais,
mas mostrar o que de bom e ruim temos tanto em uma, quanto em outra, já que
essas têm servido de maneira satisfatória à pregação do Evangelho. O problema
está no exagero.
2.1.
A infelicidade nas redes sociais.
Pesquisas
realizadas por universidades através do mundo comprovam que o tempo de
exposição às redes sociais vem causando infelicidade em muitos indivíduos.
Alguns usuários têm se desesperado em busca de atenção nas redes e são capazes
de divulgar os mais terríveis posts em busca de curtidas. Fotos extravagantes,
e até mesmo íntimas, têm povoado a timeline (linha do tempo) de muitos
internautas. Só isso já é suficiente para refletirmos sobre que tipo de valores
têm permeado a nossa família e sociedade.
2.2.
Comunhão com Deus em risco.
Pesquisas
comprovam que os brasileiros chegam a passar 4 horas diariamente nas redes
sociais. Isso tem sido tremendamente nocivo para o seu crescimento individual,
pois, quando confrontados acerca do porquê não estudar ou esforçar-se mais em
busca de uma melhora profissional, muitos alegam falta de tempo. Esse tempo
cedido às redes sociais pode, inclusive, afetar o crescimento espiritual. Parte
desse tempo poderia ser utilizado com a meditação da Palavra e contemplação das
bênçãos recebidas do Senhor. O texto de Isaías 55.6 nos adverte a buscar o
senhor enquanto está perto. O uso exagerado das redes sociais promove o nosso
afastamento de Deus, afetando a nossa comunhão com Ele.
2.3.
O risco das invasões de perfis.
Uma
vida de fantasia tem levado muitos indivíduos a um estado de depressão.
Geralmente, quando descobrem algumas farsas plantadas por sites inescrupulosos,
ou então têm suas intimidades expostas por pessoas que outrora tinham com
íntimas, passam a ter uma vida reclusa, com medo da discriminação da sociedade.
Esse tipo de atitude, a exposição de intimidades, tem se multiplicado, causando
a infelicidade de muitos usuários, pois inocentes têm tido seus perfis
invadidos. A invasão de perfis tem sido responsável por muitas desavenças. Ao
acessar a rede, os menos avisados podem se tornar presas fáceis para invasores,
que irão utilizar seus perfis para fins promíscuos, como divulgar pornografia
infantil, por exemplo.
3.
Lições práticas.
O
uso contínuo das redes sociais vem, ao longo do tempo, comprometendo os
relacionamentos. Hoje em dia, temos um número sem fim de amigos nas redes, mas
com quantos poderíamos contar em caso de real necessidade?
3.1.
Um novo conceito de amizade.
As
redes sociais criaram um novo conceito acerca de amizade. Hoje, muitas amizades
são pautadas em relacionamentos superficiais, os quais não oferecem nenhuma
segurança. Em busca de amigos virtuais acabamos por perder a amizade de Jesus,
o nosso melhor amigo (Jo 15.15).
3.2.
O comprometimento do casamento.
Muitas
crises conjugais têm sido atribuídas às redes sociais. “Amizades” entre homens
casados e moças solteiras têm causado muitas brigas entre casais. O esfriamento
do contato com o cônjuge também tem sido a reclamação de muitas pessoas,
principalmente as mulheres, que se sentem abandonadas por seus esposos. A
Bíblia ensina que o homem deve deixar pai e mãe e unir-se a sua mulher, fazendo
com ela uma só carne (Gn 2.24; Mc 10.7; Ef 5.31). Então, por que não deixar um
pouco de lado os relacionamentos virtuais e valorizar o casamento, que Deus
criou para realização de seu maior projeto: a família? Em muitos casos, vemos a
atenção aos filhos sendo negada em favor de uma vida voltada para o contato
diário nas redes. Lembre-se de que os filhos são herança do Senhor e o cuidado
deles é o nosso compromisso (Sl 127.3).
3.3.
O regate da perda.
Podemos
ter acesso a todas as coisas, entretanto não podemos nos deixar dominar por
elas (1Co 6.12). Quando percebermos que o uso das redes sociais está fugindo do
nosso controle, invadindo a nossa privacidade, afastando do nosso cônjuge e da
nossa família, devemos imediatamente buscar o amadurecimento do fruto do
Espírito, que nos garantirá o retorno a uma perfeita comunhão com o Senhor e
esse retorno resgatará o que tivermos perdido.
Conclusão.
Muitos
relacionamentos têm sofrido pelo mau uso dos meios de comunicação, contudo,
pudemos observar que existem meios de controlar esse uso e nos mantermos
ligados à modernidade, sem nos afastar do que realmente tem valor para o homem:
Deus e a família.