segunda-feira, 16 de maio de 2016

Aliança de Deus com Adão
A obediência traz bênçãos e vida eterna, mas a desobediência, maldição e morte eterna.

Deus fez duas alianças com Adão: a primeira, antes, e a segunda, depois do pecado. Sobre a primeira aliança, está escrito:
"Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Gênesis 2.15-17

Neste trato com Adão, Deus exigiu a obediência à Sua Palavra. É importante dizer que Deus nunca exigiu algo que não pudéssemos  cumprir, e, certamente, quando exige que Lhe obedeçamos é porque quando obedecemos, mostramos a nossa posição de servos, e, portanto, respeitadores da Sua Autoridade Suprema. Além do mais, Ele conhece o nosso futuro e sabe muito bem o que é melhor para nós. Por isso, de antemão, aconselha-nos o caminho a seguir por meio da Sua Palavra.

De fato, quando Deus disse a Adão que ele certamente morreria se comesse do fruto proibido, estava demonstrando que, a partir do momento em que deixamos de obedecer à Palavra de Deus para obedecer à palavra sugestiva do diabo, deixamos de ser servos de Deus para sermos servos do diabo.

Aquele que consegue nos submeter com a sua palavra, passa a ser o nosso senhor! Se nos submetemos à Palavra de Deus, confirmamos que Ele é nosso Senhor, mas se nos submetemos à palavra do diabo, este passa a ser o nosso senhor. Ora, foi justamente isso o que aconteceu com Adão!

Adão tinha a garantia de vida eterna enquanto obedecesse à voz de Deus; perdeu-a quando obedeceu à do diabo. A obediência a Deus traz bênçãos e vida eterna, mas a desobediência traz maldição e morte eterna. O fruto da obediência ao Senhor é a paz com Ele eternamente.

a) A primeira aliança
Nesta primeira aliança, não houve sacrifícios de animais, porque ainda não havia acontecido o pecado; a aliança com Adão firmou-se apenas dentro da promessa de Deus. Todavia, já na segunda aliança, Deus teve de sacrificar um animal para, com a sua pele, cobrir a nudez ou o pecado de Adão e Eva.

A segunda aliança de Deus com Adão aconteceu depois do seu pecado, quando o Senhor foi obrigado a sacrificar um substituto de Adão e Eva e usar o seu sangue como propiciação daquele pecado: "Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu."(Gênesis 3.21). Quer dizer: assim como a pele do animal lhes serviu para cobrir a nudez, também o seu sangue derramado serviu para apagar os pecados do casal.

O animal sacrificado simbolizava o Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus Cristo, apontado por João Batista aos seus discípulos. E, da mesma forma como o sangue daquele animal marcou a aliança entre Deus e Adão, também o sangue do Senhor Jesus no Calvário marcou a nova aliança entre Deus e os que creem no Seu Filho como único Senhor e Salvador.
As consequências da desobediência de Adão foram muito mais graves do que se pode imaginar. A porta do inferno foi aberta e soltou o diabo e seus demônios. Estes, imediatamente, tomaram posse da Terra e construíram um império de perversidade, destruição, dor e morte, que até então não tinha lugar neste planeta. A semente da desobediência, da rebeldia e do pecado foi frutificando a partir de Adão e Eva:

"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.

Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei.
Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir.

Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação.
Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.

Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos."Romanos 5.12-19

Nesta palavra de Paulo aos cristãos romanos, fica muito claro que muitos se tornarão justos, por causa da obediência do Senhor Jesus. Mas nem se transformarão, porque para haver justificação de alguém é preciso que essa pessoa apresente toda a sua fé no sacrifício do Filho de Deus como seu substituto, como relata a Palavra de Deus: "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;" Romanos 5.1
Assim sendo, as alianças que Deus fez com Adão não serviram para consertar o erro grave que ele tinha cometido, e o Senhor Deus tentou, novamente, fazendo aliança com Noé.