Administrando as Finanças no Lar
Texto Áureo
Olha pelo governo de sua casa e não come o pão da
preguiça. Provérbios 31.27.
Verdade Aplicada
Uma das áreas de nossas vidas que mais requer disciplina e responsabilidade
é, sem duvida, a financeira.
Textos de Referência.
Eclesiastes 5:19 E quanto ao homem, a quem Deus deu riquezas e fazenda e
lhe deu poder para delas comer, e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho,
isso é dom de Deus.
Eclesiastes 10:19 Para rir se fazem convites, e o vinho alegra a vida, e
por tudo o dinheiro responde.
Lucas 14.28-30
28 Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta
primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?
29 Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces e não a
podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,
30 Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.
Introdução
O descontrole no uso do dinheiro representa um dos fatores que mais
contribuem para a ocorrência de brigas, frustrações e desestabilização no meio
da família.
1. As consequências do desequilíbrio.
A falta de controle orçamentário pode causar consequências desastrosas
na vida do homem principalmente na saúde física e emocional, além de trazer
perturbações diversas. O desequilíbrio nas finanças pode ser advindo de várias
situações: falta de emprego, preguiça, esbanjamento, etc.
1.1. Perda do sono e dor de cabeça.
Dever na praça e não ter condições de saldar os compromissos leva a
pessoa a ter insônia, perder o sono, colocar a cabeça no travesseiro e ficar
pensando o que fazer. Também ocasiona enxaqueca, muitas vezes de origem
emocional e outros tipos crônicos de cefaleias. Muitos já estão com os seus
nomes nas listas de devedores inadimplentes do Serasa, do SPC e outros órgãos.
Tudo isto acontece, na maioria das vezes, por falta de controle financeiro.
1.2. Mau humor e perda de concentração.
Não ter condições de pagar as contas faz com que a pessoa esqueça as
coisas com mais facilidades, isto é, perda ou enfraquecimento da memória. A
atenção fica debilitada, falta concentração, perde-se o poder de raciocínio, de
ideias criativas, fica improdutivo, atrapalha o desempenho íntimo e fica de mau
humor, irritado e com os nervos à flor da pele. Ninguém pode falar nada com o
mal-humorado já vem com pedras nas mãos. Sempre tem uma resposta na ponta da
língua, murmura o tempo todo pela falta de dinheiro e torna-se uma pessoa
iracunda.
1.3. Brigas e desentendimentos em casa.
A falta de recursos para cumprir todas as obrigações do lar leva os
cônjuges a desentendimentos, brigas, discussões frequentes. Os filhos não
entendem nada, pois os pais passam o tempo todo arrumando desculpas, explicando
aos filhos porque não tem dinheiro para leva-los a um lanche nem a um lazer
digno, porque também faltam parte dos materiais escolares e dos uniformes. A
esposa sempre reclamando que não tem um dia de descanso, nem alguém para
ajuda-la. Tudo isso acontece, na maioria dos casos, por descontrole financeiro.
2. Atitudes perigosas nas finanças.
Uma situação que tem trazido muita dor de cabeça é o crédito fácil. As
financeiras estão na rua oferecendo dinheiro em 36 ou 48 vezes e até mais. Os
bancos colocam linhas de crédito nos terminais. Você não precisa nem conversar
com o gerente, basta inserir o cartão e digitar a senha e estão lá os recursos
disponíveis. É ótimo, porém perigoso. Para quem não sabe administrar os
recursos financeiros é “uma faca de dois gumes”.
2.1. O perigo de gastar mais do que ganha.
O que temos visto com uma certa frequência são as pessoas gastarem mais
do que ganham. As saídas são superiores às entradas. Desta maneira, nenhum
orçamento do mundo funciona. O 13º salário é gasto muito antes do natal, as férias
são vendidas e a restituição do Imposto de Renda é negociada com o banco.
Gastar por antecipação é descontrole financeiro.
2.2. O perigo de recorrer a agiotas, cheques especiais ou cartões de
créditos.
Muitos estão enterrados nos agiotas, correndo risco até de morte,
ficando escravo de quem empresta e pagando juros extorsivos (Pv 22.7). Para
muitos, o cheque especial já está fazendo parte do salário. Todo mês precisa
usá-lo para complementar os pagamentos, sem se lembrar dos juros altíssimos
também. Os cartões de crédito são outra dor de cabeça, pois sempre estão com os
seus valores negociados e rolados mês a mês, pagando juros exorbitantes. O
pagamento de juros é um dinheiro que jogamos fora e vai pelo ralo, nunca mais
volta. Além de tudo isto, ainda tem os cheques pré-datados, sem nenhum critério
e controle.
2.3. O perigo de não dar valor aos pequenos gastos.
Cuidado com os pequenos gastos. Normalmente não se dá valor às coisas
baratas, como se elas não fizessem diferença no orçamento. Porém, somando
vários valores pequenos, se chega a um valor considerável. Uma torneira
pingando um dia todo consome muitos litros de água. Lâmpadas acesas em cômodos
onde não há ninguém é desperdício.
3. Conselhos importantes.
Vivemos numa sociedade consumista, onde se compra produtos sem
necessidade, só por comprar, e às vezes, por causa da moda. O gastador
compulsivo precisa ser reeducado nas compras. A Bíblia também nos ensina a não
sermos preguiçosos nem a ficar escolhendo serviços (PV 19.15; 21.25). Aquele
que está desempregado não pode se dar ao luxo de escolher o tipo de serviço.
Muitos dizem: “Não é a minha profissão”. No entanto, a família não pode
esperar.
3.1. Cuidado com extremos, ostentação, supérfluos e miséria.
Os exageros fazem mal no controle dos recursos. Não gaste naquilo que
não é pão ou em coisas sem utilidade. Evite comprar o supérfluo, aquilo que não
vai usar tão cedo ou nunca usará. Às vezes compramos uma determinada coisa só
porque está em oferta, sabendo que o seu uso será esporádico. Cuidado com a
ostentação! Ninguém precisa mostrar que possui determinadas coisas. Muitos
estão vivendo de aparência, mostrando uma vida regalada sem lastro financeiro,
o que logo lhe levará ao precipício. Cuidado também com a miséria! Não seja uma
pessoa mão fechada, avarenta, que não paga uma pizza para a família, que não
compra uma pipoca ou um sorvete para as crianças, que nunca leva a esposa para
almoçar fora ou para um passeio.
3.2. Cuidado ao não estabelecer prioridades nem fazer poupança.
É preciso que você tenha em mente aonde você quer chegar. Estabeleça
prioridades, metas. Elas podem ser quinzenais ou anuais. Quem não estabelece
prioridades adquire coisas menos importantes primeiro. Compre um bem de cada
vez, se o orçamento estiver apertado. Poupar do que se ganha é muito
importante. Estabeleça um percentual da renda de acordo com as suas
possibilidades e seja disciplinado. Quem guarda sempre tem e está preparado
para os imprevistos.
3.3. Cuidado com a mentira, a desonestidade e o dinheiro ilícito.
Não queira dar uma de espertalhão. O negócio só é abençoado se for bom
para os dois lados. Não queira ganhar dinheiro fácil, sugando o próximo,
passando-o para trás (Pv 11.1). Não fique com as coisas alheias (Hc 2.6). Não
sonegue imposto (Mt 22.21). Devolva o troco recebido a mais. Não consuma nada
durante as compras; é um hábito negativo e um mau exemplo para os filhos. Se
consumir algo, guarde a embalagem e pague no caixa. Devolva o que tomou
emprestado e seja justo com as suas coisas. Tenha certeza de que o Senhor
cuidará da sua vida (Sl 37.25)
Conclusão.
Lembre-se sempre de que os que querem ficar ricos caem em tentação e
laço e em muitas concupiscências loucas e nocivas (1Tm 6.8-10). Não se esqueça
de que na primeira linha do seu orçamento não pode faltar o dízimo. Portanto
seja um dizimista fiel (Ml 3.10-11; Pv 3.9-10; 2Co 9.6-12).
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