Superando
os Conflitos no Lar
Texto
Áureo
“As
muitas águas não poderiam apagar este amor nem os rios afogá-lo; ainda que
alguém desse toda afazenda de sua casa por este amor, certamente a
desprezariam”. Cantares 8.7
Verdade Aplicada
Quando
as crises no casamento são identificadas e não há omissão para trata-las nem
para deixar que se acumulem, fica mais fácil superá-las.
Textos
de Referência.
Efésios
5.24-25; 28; 33
24
De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as
mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
25
Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja e a si
mesmo se entregou por ela,
28
Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres como a seus próprios
corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
33
Assim, também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si
mesmo, e a mulher reverencie o marido.
Introdução
Os
obstáculos que se opõem ao casamento são vencidos quando o casal se une e
entrega nas mãos do Senhor Deus todas as preocupações, confiando na Sua
poderosa e maravilhosa intervenção.
1.
Não existe casamento perfeito.
Em
todas as parcerias, sociedades e associações existem conflitos. Onde se reúnem
no mínimo duas pessoas já existem problemas de relacionamento. O importante é
adquirir a capacidade de resolver as situações conflitantes para apaziguar e
amenizar um desfecho que poderia ser traumático. O casamento não é diferente.
Muitas situações surgem e precisamos aprender a lidar com todas elas, sob pena
de perder o nosso convívio familiar. Por isso, o casamento não é perfeito,
porque somos seres humanos sujeitos a falhas. No entanto, não podemos desistir
de caminhar rumo à perfeição.
1.1.
O diálogo é vital
O
que mantém o casamento não é capacidade de não brigar. O sustento de um
matrimônio honroso é a capacidade do casal dialogar e chegar a um acordo. É a
capacidade do casal se arrepender de uma coisa feita de forma errada. É a
capacidade do casal se reconciliar. É a capacidade do casal se perdoar. Os
conflitos entre os cônjuges existem normalmente. Imaginamos que no casamento
não há lugar para discórdia, discussões, mas só mar de rosas, lua de mel,
alegria e harmonia. Porém, infelizmente, a realidade é outra, pois são pessoas
de diferentes personalidades buscando objetivos comuns. São características
individuais de personalidade, pontos de vistas diferentes, valores de
referência. O que é essencial para um cônjuge pode ser supérfluo para outro.
1.2.
É preciso superar os conflitos.
O
que mantém o casamento não é a capacidade de resolver todos os problemas. É a
capacidade de superar os conflitos, mesmo que não chegue a um acordo
satisfatório. É a capacidade de conviver com os problemas, mesmo com aqueles
que aparentemente não tenham solução. É a capacidade de aceitar as imperfeições
um do outro. É a capacidade de aceitar o cônjuge sem remodela-lo, sem querer
modificá-lo. É a capacidade de entender que errar é humano. Conflitos existem
desde que o mundo é mundo, desde o Jardim do Éden, desde a primeira família
criada por Deus, com um jogando a culpa no outro. Achar a solução e conservar
firme, zelando pela preservação da harmonia no casamento, é o nosso dever e o
nosso grande desafio, pois é uma instituição de Deus.
1.3.
É preciso se esforçar para ter harmonia.
O
que mantém o casamento não é a capacidade de satisfazer todos os desejos do
cônjuge,. É a capacidade de diagnosticar as prioridades buscando solução. É a
capacidade de mostrar que nem tudo é possível. É a capacidade de se fazer
entender diante do sim e do não.
2.
É preciso aceitar os limites do cônjuge.
Todas
as pessoas possuem limites físicos, intelectuais, emocionais e psicológicos.
Limites são linhas demarcatórias que dizem até onde podemos avançar. É o fim
das nossas capacidades, quando não temos forças suficientes para seguir em
frente. Entenda que isto é normal no ser humano. Exigir mais do que a pessoa
possa oferecer é uma insensatez.
2.1.
Elogie e reconheça o valor do cônjuge.
É
a capacidade de elogiar cada progresso conquistado pelo cônjuge. É a capacidade
de reconhecer todos os dotes da pessoa amada. É a capacidade de não criticar
pelo progresso em que demora a chegar. É a capacidade de esperar pelo
desenvolvimento do cônjuge, e compreender que às vezes nunca chegará, pois na
vida algumas coisas mudam, outras não.
2.2.
Aprecie a qualidade do relacionamento.
É
a capacidade de atender às necessidades íntimas do cônjuge dentro de um padrão
aceitável por ambos. É a capacidade de entender que não é a quantidade, mas a
qualidade do relacionamento que se torna mais importante e saudável É a
capacidade de compreender quando o cônjuge não está bem e precisa de um tempo.
2.3.
O que mantém o casamento não é a capacidade de subjugar o cônjuge.
É
a capacidade de entender que não se amarra uma pessoa com cadeados, correntes,
trancasse algemas. No entanto, se mantém com amor e carinho. É a capacidade de
compreender que a pessoa amada é um ser humano, que vive de emoções, tem
carências afetivas, precisa de atenção e destaque. É a capacidade de saber que
a grosseria é o câncer que devora o amor. É a capacidade de não praticar o
ciúme doentio que apaga a felicidade. É a capacidade de confiar na pessoa amada
e não suspeitar mal.
3.
Os problemas não podem se avolumar.
É
preciso conscientizar-se da necessidade de não deixar os problemas se
acumularem no casamento, a ponto de se tornarem maiores do que o marido e a
mulher. É preciso resolver os conflitos e as crises enquanto elas são poucas,
pequenas e recentes.
3.1.
Personalidade versus individualidade.
O
que mantém o casamento não é a capacidade de apagar a própria personalidade. É
a capacidade de renunciar por livre e espontânea vontade a alguma posição
radical e egoísta. É a capacidade de repensar coisas que eram feitas
individualmente e passar a fazê-las a dois sempre com um objetivo comum. É a
capacidade de aceitar acordo para harmonia e sucesso, pois não andarão dois
juntos se não estiverem de acordo (Am 3.3). É a capacidade de compreender que o
pessoal continua existindo, mas nunca ao ponto de atrapalhar o mútuo.
3.2.
Equilíbrio versus confronto.
O
que mantém o casamento é a capacidade de manter a família e o cônjuge debaixo
dos princípios da Palavra de Deus, É a capacidade de transformar o lar num
cantinho do céu. É a capacidade de conduzir a família à igreja e mantê-la
congregando. Os conflitos entre pais e filhos devem ser vistos como choque de
gerações. Aliás, o que para os pais, às vezes, era um absurdo, impraticável e,
às vezes era tido como pecado, hoje, após uma compreensão melhor das Sagradas
Escrituras, é uma atitude normal entre os filhos. A adaptação é racional, o
equilíbrio e o discernimento devem ser vistos com “bons olhos”.
3.3.
Beleza física versus beleza interior.
O
que mantém o casamento não é a capacidade de manter a beleza física o tempo
todo. É a capacidade de entender que os anos passam e a nossa beleza física
diminui consideravelmente (1Pe 1.24). É a capacidade de compreender que o corpo
esbelto e escultural da época de namoro, noivado e recém-casado, não dura para
sempre. É a capacidade de cuidar do corpo da melhor forma possível e não
relaxar, como muitos, infelizmente, fazem. É a capacidade de se produzir dentro
de sua faixa etária e ficar atraente para o seu cônjuge. É a capacidade de fazer
com que a beleza interior, que é a mais importante, se sobressaia (1Pe 3.3-3).
Conclusão.
Precisamos
refletir sobre o nosso casamento antes que ele venha a naufragar. O casamento
não é uma simples experiência nem tem prazo de validade. É uma aliança entre
duas pessoas para o resto da vida. Qualquer fama ou sucesso que venha colocar
em risco o casamento deve ser repensado pelos cônjuges.
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