Preservando
a Ética no Matrimônio
Texto Áureo
“Todas
as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me
são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”.1 Coríntios 10.23
Verdade Aplicada
Não
devemos expor o cônjuge quando estivermos enfrentando uma situação
desconfortante e conflitante do nosso relacionamento conjugal.
Textos de Referência
Tito
2.2-6
2
Os velhos que sejam sóbrios, graves, prudentes, sãos na fé, na caridade e na
paciência.
3
As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém
a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem;
4
Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a
amarem seus filhos,
5
A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de
que a palavra de Deus não seja blasfemada.
6
Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados.
Introdução
Preservar
a ética no casamento leva o casal a viver em harmonia, sem desrespeitar um ao
outro, guardando somente para os dois aquilo que não deve ser divulgado.
1.
Não divulgar os segredos do casamento
Ao
contar os segredos do casamento para alguém, logo poderá se arrumar ou
conseguir alguém que “resolva” o problema. Porém, correrá o risco de se
envolver em relações extraconjugais. O que se passa dentro do lar, só os
cônjuges e Deus deverão saber. Não exponha sua vida conjugal a terceiros,
parentes, irmãos de igreja e colegas.
1.1.
Os segredos do quarto
Não
divulgue nada da sua intimidade. O que se passa é assunto seu e do seu cônjuge.
Devem ser evitados comentários sobre as intimidades do casal, pois as pessoas
não esquecerão o problema, mesmo depois de resolvido. Se tiver algum problema,
procure um especialista. Hoje em dia existem soluções para quase todos os tipos
de problemas íntimos. Evite também fazer elogios da intimidade, pois é
perigoso. Preserve os princípios bíblicos com relação ao sexo (Rm 1.26-27; Hb
13.4). Cuidado! Cada membro do corpo tem a sua função (Rm 12.4; 1Co 12.17-18).
Que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra (1Ts
4.4).
1.2.
Os segredos da cozinha
As
necessidades cotidianas não devem ser expostas. Não conte a sua vida financeira
para ninguém. As dívidas são assunto particular do casal. Os problemas
financeiros passam, não os publique. A falta de alimentos é circunstancial, não
fale aos outros. Não exponha as suas necessidades como a falta de azeite na
botija, de farinha na panela, de roupa, de uma conta vencida, a não ser para
uma pessoa que irá ajudar o casal, mesmo assim faça com reservas. A nossa
escassez contamos para Deus.
1.3.
Os segredos das divergências
As
discussões não devem ser publicadas. Se o casal não divulgar as suas
divergências, passará despercebido. Casal é assim mesmo, hoje está inflamado um
contra o outro, amanhã tudo estará bem. Se tiver contado a alguém, as pessoas
sempre vão nos ver de acordo com as nossas divergências publicadas e saberão
sempre da nossa vida particular. Os assuntos tratados de forma calorosa devem
ficar entre o casal. Precisamos ter sabedoria para não expor ninguém. Devemos
guardar e não divulgar para quem quer que seja.
2.
Não falar mal do seu cônjuge
É
falta de ética falar do cônjuge para outras pessoas, dizer suas fraquezas ou
mazelas. Não fira a alma do seu cônjuge dizendo que ele (a) está velho (a), que
não tem gosto para se vestir, etc.
2.1.
Não divulgue coisas negativas do seu cônjuge
Não
faça nada para macular a imagem da pessoa amada. Quando você ofende ou maltrata
uma pessoa, fica difícil de resolver, pois é mais fácil conquistar uma cidade
fortificada do que um irmão ofendido (Pv 18.19). Não censure as roupas do seu
cônjuge perto dos outros. Se estiver incompatível, chame-o em lugar reservado.
Fale com respeito e com carinho. Se há coisas a corrigir, fale ao próprio
cônjuge, com amor e respeito. Não conte seus defeitos a ninguém. Não jogue na
cara coisas do passado, já resolvidas. Não use dos erros do cônjuge para errar
também. Não menospreze o seu cônjuge pelo pouco estudo que tem ou porque ganha
menos do que você. Agradeça a Deus pelo seu salário. Falar mal do cônjuge é uma
grande falta de ética.
2.2.
Não discuta com seu cônjuge na frente de outras pessoas
Não
repreenda o seu cônjuge na frente de outras pessoas. Não trate asperamente (Cl
3.19). Não elogie outros cônjuges na frente de seu cônjuge. Não critique o seu
cônjuge em momento nenhum. São ridículas as brigas na rua ou dentro de estabelecimentos.
Evite discussões perto das crianças. Não xingue o seu cônjuge. Não o chame com
nomes depreciativos. Espere chegar em casa para tratar de assuntos que requerem
reflexão. Discutir na frente dos outros é feio e nos torna sem educação. Discutir
na frente dos outros é uma tremenda falta de ética.
2.3.
Não fale mal da família do cônjuge
Evite
piadas maldosas, pois ofendem e causam ódio e mágoa. Não faça nada para macular
a imagem de uma pessoa da família. Se há divergências, fique calado. Quanto ao
que incomoda muito, converse amigavelmente. Veja o exemplo de convivência
harmoniosa de Rute e a sogra de Noemi (Rt 1.16-17); Pedro chamando Jesus para
curar a sua sogra (Mc 1.29-31). Não deixe também os parentes interferirem no
seu casamento. Tente se relacionar com os parentes sem afetar o casamento.
Falar mal da família do cônjuge é uma notável falta de ética.
3.
Não desqualifique o casamento
Muitas
atitudes dos cônjuges são incompatíveis com o casamento e desgastam o casal,
além de serem falta de ética.
3.1.
Não é ético afetar o lado pessoal do cônjuge
Normalmente,
quando se tem um assunto polêmico para tratar, os cônjuges usam o ataque
pessoal, ferindo muitas vezes a moral do cônjuge, xingando a pessoa amada e até
sobrando para quem não tem nada a ver com isso. Precisamos aprender a separar a
pessoa de suas atitudes, porque ela pode estar sendo usada pelo inimigo. Uma
atitude errada ou equivocada não pode desqualificar o outro. É necessário
evitar descontrole emocional ao tratar de assuntos que envolvam sentimentos,
gostos e apegos. Não devemos levar para o lado pessoal e nunca atacar a
integridade física, ética e moral da pessoa amada. Em situações conflituosas,
há a necessidade de civilização, de tratar dos problemas com os pés no chão,
sem ofender ou ferir. Tente sempre separar as atitudes da pessoa, pois ela é a
imagem e semelhança de Deus.
3.2.
Não é ético tratar com o cônjuge usando regimes alheios ao casamento
Muitos
regimes usados nos casamentos não são compatíveis. Por exemplo, o regime de
independência não é para casados, mas sim para solteiros, viúvos, separados ou
divorciados, pois o casamento é um relacionamento de cooperação, unidade,
mutualidade. Agora, são dois em uma só carne. O regime militar é para quartel,
para tropas, onde se presta continências, onde há rigidez, posições radicais. O
regime de hostilidade é para inimigos, violências domésticas, agressões,
xingamentos, grosserias, entre outros. O regime de competição é para disputas entre
os cônjuges, cada um por si, medindo forças físicas e habilidades, rendimentos,
fama e poder, etc. Todos estes regimes nada têm a ver com o casamento.
3.3.
A inversão de papéis causa prejuízos e instabilidade
Quando
o homem toma o espaço da mulher ou a mulher o espaço do homem, há uma inversão
de valores. Biblicamente falando, cada cônjuge tem a sua função, devendo ocupar
o seu espaço e desenvolver as suas responsabilidades. Quando os papéis se
invertem, há prejuízo e instabilidade no casamento.
Conclusão
A
ética é uma aliada de muito destaque no casamento. Mantê-la é uma boa
recomendação para que a convivência se fortaleça e ganhe harmonia. Preservar a
ética é não deixar brecha para o inimigo entrar. Quer ser considerado um bom
cônjuge? Siga a ética no matrimônio!
Nenhum comentário:
Postar um comentário