Cultivando
o Diálogo, a renúncia e a tolerância
Texto Áureo
“Para
se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras da
prudência" Pv 1.2
Verdade Aplicada
O
homem sábio é aquele que ouve e pratica a Palavra de Deus. Ele constrói sua
casa e seus relacionamentos sobre fundamento sólido.
Textos de Referência
Ef
4.2 – Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns
aos outros.
Ef
4.3 – Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.
Fp
2.2 – Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o
mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.
Fp
2.3 – Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um
considere os outros superiores a si mesmo.
Fp
2.4 – Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também
para o que é dos outros.
Introdução
O
diálogo leva a compreensão do que o outro pensa e sente. A renúncia é a
compreensão de que não se pode agir sempre como se gostaria. A tolerância faz
parte do sentimento de que todos falham e de que ninguém é perfeito.
1.
A eficácia do diálogo na comunicação
As
pessoas precisam aprender a se comunicar. Sem um transmissor e um receptor a
comunicação não se efetiva.O monólogo não é suficiente para duas pessoas se
relacionarem. Existem várias formas de comunicação, mas a mais eficiente é o
diálogo. O ato de dialogar deve ser estimulado e treinado, pois quem tem uma
boa comunicação se sobressai.
1.1. Ouvir e falar no momento
certo
No
diálogo é preciso saber falar e ouvir no momento certo. O diálogo desarma o
silêncio diabólico. Com o diálogo se quebra o gelo e as barreiras caem. Sem o
diálogo tudo se esfria, se distancia, há um vazio, há uma barreira, um
isolamento. Mas com o diálogo se renova o compromisso, as pessoas ficam mais
unidas, se conhecem melhor e aperfeiçoam os laços. A Bíblia diz em Eclesiastes
3.7 que há tempo de falar e tempo de ficar calado, saiba discernir isto. Não
podemos atropelar quem está com a palavra, nem responder antes da hora, mas
quem fala precisa dar oportunidade para quem está ouvindo para se expressar
também.
1.2. Promover a edificação
O
diálogo precisa ocorrer de forma clara e objetiva, sempre trazendo a
edificação. Se a pessoa não se expressar, o seu cônjugue não saberá o que ela
está pensando nem as suas necessidades. A conversa clara e objetiva, sem
rodeios, será salutar para a vida do casal. O diálogo de coisas passadas que
fizeram mal ao casal deve ser evitado, sob pena de se abrir feridas já
cicatrizadas. Tudo que não traz edificação deve ser desprezado (1Co 10.23)
1.3. Verdade, educação e
respeito
O
diálogo precisa ocorrer com verdade, educação e respeito. A honestidade e a
sinceridade precisam prevalecer. Muitos lares estão contaminados com a mentira,
um vício na comunicação. Cuidado! Apocalipse 21.8 diz que ficarão de fora todos
aqueles que amam e praticam a mentira. Não pense que a verdade irá ferir a
pessoa amada, desde que ela seja transmitida com amor e com educação e
respeito, pois a verdade deve libertar e dar vida, jamais ferir ou matar a
pessoa (Jo 8.32). Cuidado para não perder o respeito. A Palavra de Deus diz que
é mais difícil reconquistar uma pessoa que foi desrespeitada ou ofendida do que
uma cidade fortificada.
2. A vida é marcada por renúncias
Jesus
disse aos Seus discípulos: "Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a
si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me" (Mt 16.24) Para tudo na
vida há necessidade de renúncias. Para o casamento não é diferente. Muitas
coisas que gostamos precisamos renunciar ou negociar com o nosso cônjugue, pois
não se admite posições ferrenhas e radicais no casamento.
2.1. O fortalecimento da
harmonia
A
renúncia de posições radicais fortalece a harmonia. Renunciar dá uma conotação
de se esvaziar de si mesmo, tirar o egoísmo e trabalhar em benefício da união e
unidade no casamento. Renunciar posições radicais que nada contribuem ou
acrescentam ao casamento, a não ser conflitos e desgastes. Precisamos também
renunciar a forma grosseira, agressiva e ignorante de tratar a pessoa amada,
pois só tira a paz e corrói o amor.
2.2. Um dever para os casados
A
renúncia da vida de solteiro é um dever para os casados. Depois de casado,
precisa-se abrir mão do individual em benefício do mútuo. Para estar casado não
se pode viver um vida como se estivesse solteiro, não tendo hora de chegar em
casa, saindo a hora que bem quer, estando com quem quer, tendo a mesma vida que
levava quando tinha liberdade de fazer o que queria. Os amigos de solteiro ou
passam a ser amigos do casal ou precisam ser analisados para se tomar uma
decisão inteligente. As amizades antigas podem causar ciúmes ao casal, o que é
prejudicial ao casamento.
2.3. Deve partir dos dois lados
A
renúncia deve partir dos dois lados, isto é, marido e mulher. Para um casamento
duradouro é necessário uma boa dose de renuncia. Exige-se que a renúncia tenha
pista dupla, deve partir dos dois lados. Isto requer maturidade, amadurecimento
e sabedoria de ambas as partes. O homem não pode agir com machismo, sem nunca
abrir mão das suas posições. O marido precisa olhar para a mulher conforme está
registrado em 1 Pedro 3.7: "Igualmente vós maridos vivei com elas com
entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas
herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas
orações". A correspondência também é recíproca, uma vez que a mulher não
deve relegar o marido a segundo plano.
3. A tolerância requer paciência
Tolerar é aceitar o cônjugue com a sua personalidade. É amá-lo e respeitá-lo. É aceitar como a pessoa é. É suportar as imperfeições. É esperar crescer e adquirir maturidade. O namoro e noivado são estágios probatórios para o casamento, mas muitos casaram pensando que poderia mudar a natureza de seus cônjugues após o casamento, mas hoje descobriram que isto é muito difícil. Agora precisam aprender a conviver com algumas situações que não são o ideal, mas resta ter paciência e suportar uns aos outros em amor (Ef 4.2; Cl 3.13)
3.1. Tolerar as tradições do
cônjuge
Todos
nós temos as nossas tradições que envolvem a família, a religião, os costumes,
as comemorações, a formação, a alimentação, etc. Muitas coisas que as pessoas
fazem passaram de geração para geração, de pai para filho. As comemorações que
marcam dias especiais na família são uma coisa muito particular. A alimentação
é regional e muitos preservam as comidas típicas do seu estado. A concepção
religiosa de usos e costumes variam de pessoa para pessoa, mesmo dentro da
mesma denominação.
3.2. Tolerar as limitações do
cônjugue
Todos
nós temos os nossos limites, isto é, vamos até um determinado ponto, depois não
conseguimos mais avançar. Os cônjugues precisam entender isto. Não adianta
exigir além das possibilidades físicas e intelectuais. Cada pessoa tem uma
capacidade de absorção e de assimilação. O nosso desenvolvimento intelectual
diferencia um do outro. Um dos cônjugues pode chegar mais longe nos estudos ou
galgar uma posição social de mais destaque, mas isso não lhe dá o direito de
desprezar a pessoa amada. O limite pode ser diferente do outro, mas não devemos
nos desesperar, porque isto é normal.
3.3. Tolerar as imperfeições do
cônjugue
Todos
nós temos falhas, um mal costume, ou mesmo um cacoete. Sempre temos algum coisa
que desagrada o outro. Mas a maturidade diz que é preciso tolerar as
imperfeições do conjugue e tentar ajudá-lo a corrigir as falhas com amor e
respeito. Nunca devemos zombar ou criticar a pessoa amada por um defeito, pois
talvez não tenhamos o defeito dela, mas em contrapartida, temos um defeito que
ela não tem. Nunca podemos pensar que somos perfeitos, que não temos
imperfeições e que não carecemos de nenhuma melhora.
Conclusão
É
extremamente necessário para quem almeja viver dias felizes e ter um casamento
alegre e duradouro atentar para a seguinte orientação: "Não se esqueça
jamais de cultivar atitudes que coloquem essas três palavras em evidência:
diálogo, renúncia e tolerância".
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