Deveres
da Família à Luz da Bíblia
Texto
Áureo
Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel. 1Tm 5.8
Verdade
Aplicada
Como
cristãos, devemos conservar a família no seu conceito original, dentro do plano
de Deus.
Textos
de Referência.
Efésios
5.21, 22, 25
21
Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.
22
Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;
25
Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja e a si
mesmo se entregou por ela,
Colossenses
3.18-21
18
Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém no Senhor.
19
Vós, maridos, amai a vossas mulheres e não vos irriteis contra elas.
20
Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor.
21
Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo.
Introdução
A
Bíblia é o estatuto para toda a relação entre os membros da família. Quando se
cumprem os princípios bíblicos, os lares tendem a ser mais felizes e as
famílias mais saudáveis e estruturadas.
1.
Deveres que competem ao casal.
O
marido e a mulher são os esteios da família. Para isso, eles precisam
desempenhar bem as suas atribuições e responsabilidades, nunca jogando para
cima do outro aquilo que é da sua alçada.
1.1.
Deveres do marido.
O
marido deve amar a esposa como a si mesmo (Ef 5.28, 33). Quem não ama a si mesmo
como irá amar alguém? Deve amar a esposa como Cristo amou a Igreja (Ef 5.25).
Esse é o amor sacrificial que funciona sem exigir recompensa, nem visando
benefício. Não tratar a esposa asperamente, nem se irritar contra ela (Cl
3.19). Tratá-la com dignidade. Considerar a esposa como a parte mais frágil
(1Pe 3.7). Assumir o papel de cabeça do casal, não com autoritarismo, mas com
amor (1Co 11.3; Ef 5.23). Ser o provedor material, emocional e espiritual,
assim como Cristo alimenta Sua Igreja e cuida dela (Ef 5.29; 1Tm 5.8). Saber
como convém agradar à esposa (1Co 7.3-5, 33). Além disso, deve governar bem a
sua própria casa (1Tm 3.5).
1.2.
Deveres da mulher.
As
esposas devem ser submissas aos seus maridos como a Igreja é submissa a Cristo.
Devem respeitar o marido na sua missão (Ef 5.33; 1Tm 3.11; Tt 2.4-5). Mostrar
ao marido honestidade e temor (1Pe 3.2). Ter o Espírito manso e tranquilo (1Pe
3.4). Ser adjutora e companheira do seu esposo (Gn 2.18). Saber como agradar ao
marido (1Co 7.3-5, 34b). A esposa deve administrar o lar sem preguiça, sem
desleixo e com sabedoria para edificar sua casa (Pv 14.1; 31.10-31). Nunca
negligenciar as suas funções, mesmo tendo outras ocupações.
1.3.
Deveres mútuos.
Muitas
atividades domésticas são de responsabilidade dos dois. Marido e mulher podem
revezar por exemplo: a disciplina e correção dos filhos, o acompanhamento
escolar e o ensino dos deveres de casa, o lazer dos filhos e a orientação na
escolha de profissão ou de um futuro promissor. Os pais devem dar o exemplo de
vida dentro da ética e da moral, condizentes com a Palavra de Deus, para os
filhos copiarem. Também é responsabilidade do casal levar seus filhos para a
igreja, principalmente a Escola Bíblica Dominical, e dar as devidas orientações
espirituais. O homem deve ajudar a mulher nos trabalhos domésticos. A mulher
também pode ajudar o seu marido no orçamento familiar. Os dois são responsáveis
por manter a união saudável.
2.
Deveres que competem aos pais.
Os
pais são espelhos para os filhos. Precisam tomar cuidado com as palavras que
não edificam, com as atitudes insensatas e os exemplos negativos.
2.1.
Criar os filhos na admoestação do Senhor.
Ensinar
a criança “no” caminho em que deve andar. Não adianta só mostrar o caminho, tem
que ir junto (Pv 22.6). Dar instruções devidas em todo lugar, em todo tempo (Dt
6.6-7). Os pais não devem deixar a igreja, a escola, o mundo e a vida a tarefa
de ensinarem seus filhos, pois é dever primário dos pais. Ensinar os filhos o
princípio de que na vida não se pode fazer somente o que se quer. Ensiná-los
também que na vida não teremos tudo o que queremos (Pv 29.15). Criá-los com
correção, mas com moderação, sem espancar (Pv 23.23; 29.17).
2.2.
Ser sacerdote, amigo e conselheiro dos filhos.
Os
pais não devem tratar os problemas da igreja diante dos filhos, nem fazer
comentários maldosos e piadas negativas contra a liderança. Por causa disso, há
filhos rebeldes e outros afastados da igreja. Muitos pais tratam os filhos só
como amigo, no entanto, a responsabilidade dos pais é bem maior, pois devem ser
provedores das necessidades dos filhos. Isso deve ocorrer tanto espiritual,
quanto emocional e fisicamente. Os pais devem ser orientadores e conselheiros
para um futuro próspero e brilhante dos filhos.
2.3.
Ser exemplo.
Os
pais precisam dar exemplo de vida para os filhos. Os filhos podem fechar os
ouvidos para os conselhos, mas abrem os olhos para os exemplos. Os pais devem
trata-los com dignidade e respeito para não serem desprezados ou
ridicularizados pelos filhos. Não ser violentos nem abusar de suas autoridades,
pois isto leva os filhos a obedecer apenas por medo e não por amor e carinho.
Nunca devem amaldiçoar os filhos, pois as palavras têm poder e essa atitude deprecia
os próprios filhos e os desestimulam para a vida. As palavras tendem a comover,
mas o exemplo é que se reveste da maior importância.
3.
Deveres que competem aos filhos.
A
Palavra de Deus ordena aos filhos que, ao casar, deixem seu pai e sua mãe, mas
nunca orientou a abandonar os pais (Gn 2.24). Muitos filhos deixam seus pais em
asilos ou repousos para velhos ou passando fome com uma vida indigna. É preciso
que os filhos pensem também no seu futuro. Os filhos não devem desamparar os
pais na velhice deles (Dt 27.16; Pv 23.22), até porque eles também chegarão à
velhice. E o que nos ensina a lei da semeadura? (Gl 6.7).
3.1.
Honrar, respeitar e obedecer aos pais.
O
primeiro mandamento com promessa é para os filhos que honram, respeitam e
obedecem aos pais (Ef 6.1-3). Os filhos que assim procedem terão à sua
disposição algumas promessas: as coisas irão bem a seu favor, terão uma vida
boa e viverão muito tempo sobre a terra, desfrutando da longevidade de dias.
Muitos filhos não sabem por que sofrem, mas será que estão obedecendo este
mandamento? Não chamem os seus pais de quadrados e retrógrados. Eles também
viveram em outra geração e muitos deles não conseguem acompanhar a evolução.
Respeite-os como eles são. Os filhos que zombam do pai ou desprezam a obediência
à mãe pagarão um alto preço (Pv 30.17).
3.2.
Ser orgulho para os pais.
Os
filhos devem se comportar de tal maneira que levem seus pais a se sentirem
felizes pelos filhos que têm. O filho sábio alegra o pai, mas o insensato é a
tristeza da mãe (Pv 10.1). Há filho que amaldiçoa seu pai e não bendiz sua mãe
(Pv 30.11). Os pais podem fazer de tudo que eles não os chamam bem-aventurados
(Pv 31.28ª). Os filhos não podem entristecer e ser vergonha para seus pais, se
entregando às aventuras perigosas deste mundo, principalmente naquilo que os
pais não ensinaram. E, se os pais fizeram diferente, os filhos podem mudar a
história da família e seguir por outro caminho mais digno. Se os meus pais
erraram, não preciso errar também!
3.3.
Acatar a correção e a disciplina dos pais.
Os
filhos precisam entender que há normas e princípios para obedecer. Onde não tem
regulamento, tudo vira “bagunça”. No passado, os pais corrigiam os filhos e
eles os respeitavam (Hb 12.9-11). Isso não deve mudar. O filho tolo despreza a
correção do seu pai (Pv 15.5), mas o filho sábio ouve a correção (Pv 13.1).
Conclusão.
Quando
o casamento segue as orientações da Palavra de Deus e é regulamentado pela
mesma, não têm como dar errado. Se cada um fizer a sua parte, fica mais fácil
promover a felicidade e a integração dos membros no lar. Quando honramos a
família, honramos o próprio Deus que a instituiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário